Sermões

Os hábitos de Jesus: confiar em Deus

19/03/2023
Culto de Celebração 17h e 19h
Preletor: Eduardo

Introdução

Nesta série de mensagens, estamos olhando atentamente para hábitos que Jesus cultivou durante sua missão. Hábitos são comportamentos e padrões que acrescentamos à nossa rotina e que se tornam cada vez mais fáceis e automáticos de executar com o tempo.

O texto que lemos vai nos ajudar a entender o que significa confiar em Deus, como Jesus fez disso um hábito e o que acontece quando confiamos em Deus.

Desenvolvimento

1. Confiar em Deus significa incluí-lo nas nossas decisões

Confiar em Deus não é algo abstrato. Envolve avaliar como e porque nós tomamos as decisões que tomamos. As fáceis, as difíceis, as desgastantes.

Quando afirmamos que entregamos a nossa vida a Cristo, não estamos usando apenas uma figura de linguagem. Como afirmou o apóstolo Paulo, “já não sou eu quem vive, mas Cristo é quem vive em mim” (Gálatas 2.20). Se a vida que vivemos não é mais nossa, então quem deve guiá-la, de maneira prática, é Jesus por meio do Espírito Santo.

Aí começa a ficar complicado. Como temos visto nos estudos dos PGs (Espiritualidade Emocionalmente Saudável), é possível assumir um compromisso genuíno com Cristo e mesmo assim manter áreas da nossa vida intocadas pelo Espírito Santo. Isso não vemos mudanças profundas nem nas nossas vidas nem nas pessoas próximas.

Ser guiado pelo Espírito Santo não significa ficar pedindo que Deus tome toda e qualquer decisão por nós. Existem decisões que Deus nos confiou (casamento, voto, profissão etc). Ser guiado pelo Espírito envolve utilizar os critérios de Cristo para avaliar suas decisões.

Pense na sua agenda. Nossa rotina pode se tornar tão frenética que nem mesmo tiramos um tempo, fazemos uma pausa, para nos perguntar se qualquer uma das coisas que pensamos, dizemos ou fazemos, de fato valem ser pensadas, ditas ou feitas.

O nosso falso eu é fabricado e alimentado por compulsões sociais. “Compulsivo” aqui aponta para a necessidade de contínua e crescente validação ou afirmação.

Se estar atarefado é uma coisa boa, então eu preciso estar atarefado. Se ter dinheiro é sinal de real liberdade, então eu preciso reivindicar o meu dinheiro. Se conhecer muitas pessoas prova a minha importância, eu terei que fazer os contatos necessários.

 

2. Jesus separava um tempo e lugar para estar com e somente em Deus

A tentação de Jesus descrita nos evangelhos de Mateus e Lucas marca o início da sua missão. Depois de ser batizado por João Batista e receber o Espírito Santo, Jesus voluntariamente se retira para o Deserto.

Ao longo de sua missão, Cristo repetirá este padrão diversas vezes antes de momentos- chave. Ele se retira, fica em silêncio e ora. Não há coincidências no ministério de Jesus. Plenamente guiado pelo Espírito, ele está sempre no lugar e na hora certos para encontrar as pessoas que Deus quer resgatar, curar e salvar.

Confiar em Deus, para muita gente, é o fim da linha. Quando nada mais resta, então o buscamos. Jesus buscava a Deus antes de fazer qualquer coisa. Ele não saia fazendo e orando a Deus para que abençoasse seu caminho. Antes de fazer, Ele buscava orientação do Espírito Santo. A solidão é uma fornalha da transformação.

 

3. Quando confiamos em Deus, sofreremos as mesmas tentações de Jesus

Existem três compulsões que nos mantêm presos nas ilusões do nosso falso eu. Lutamos contra as mesmas três tentações que Jesus lutou: ser relevante (que estas pedras virem pães), a ser espetacular (jogue-se daqui) e a de ser poderoso (eu lhe darei tudo isso).

Jesus respondeu às tentações de confirmando Deus como a única fonte de sua identidade (adore o Senhor, seu Deus, e sirva somente a ele) A compulsão se manifesta no medo oculto de fracassar e no impulso constante de evitar isso juntando mais do mesmo: mais trabalho, mais dinheiro, mais amigos.

Precisamos desistir de medir o nosso significado e valor pelos critérios alheios. Nosso valor está em Deus e na sua aprovação.

Nossa autoafirmação é cultivada quando 1) somos moldados pela Palavra de Deus e suas promessas; 2) prestamos atenção em Deus e decidimos estar com ele em vez de apenas tentar fazer para ele. 3) encontramos amigos espirituais que nos ajudam a tomar decisões que coloquem Deus no seu lugar devido.

Conclusão

Quando confiamos em Deus, sofremos as mesmas tentações de Jesus, mas também experimentamos a vida de Cristo em nós.

Quando Jesus se torna o nosso verdadeiro eu, podemos lentamente deixar que nossas compulsões se desfaçam e começar a experimentar a liberdade dos filhos de Deus. A liberdade de olhar para os outros e servir. De cooperar e não competir. De não viver uma vida igual a de todo mundo, validada por outras pessoas.

Como podemos ter certeza de que Deus nos guiará nas melhores decisões ou que Ele está interessado em nos guiar na nossa jornada?

Essa certeza vem do relacionamento entre o Pai e o Filho. Antes da tentação, Mateus narra o batismo de Jesus e como uma voz do céu afirma: Este é o meu Filho querido, que me dá muita alegria!

Deus não amava Jesus porque Jesus era obediente. Deus o amava e a resposta de Jesus a esse amor era a obediência. Em outras palavras, a obediência é uma consequência do amor do Pai e não uma condição para o amor.

Jesus é o nosso irmão mais velho, que conhece as nossas tentações e pode nos ajudar hoje: Isso quer dizer que foi preciso que Jesus se tornasse em tudo igual aos seus irmãos a fim de ser o Grande Sacerdote deles, bondoso e fiel no seu serviço a Deus, para que os pecados do povo fossem perdoados. E agora Jesus pode ajudar os que são tentados, pois ele mesmo foi tentado e sofreu. (Hebreus 2.17-18).

Se o Pai se relaciona assim com Jesus, podemos ter certeza de que Ele se relacionará assim conosco.

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